it's not me,it's you ✶
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Eles apenas se completam, como
duas cordas, duas metades. Um nó. Repare como não é uma corda só: são dois pedaços de nós, um mesmo amor. Foi uma corda que esticou, esticou, esticou e quase arrebentou. São duas caras, duas metades e um beijo pintado pelo vício nítido do desejo, separadas por um vinco. Foi o tempo que quebrou, quebrou, quebrou, mais não conseguiu destruir totalmente; e, enquanto partimos e reatamos, enquanto quebramos e retocamos, simplesmente nem reparamos que de tantos nós a corda encurta, que de tanta tinta o amor deturpa e que sem a corda que nos une ou o espelho que nos reflete, pode não haver vontade, desejo nem ciúme. Talvez o que impede um amor, seja exatamente o que o fortifica, o que o faz crescer, o que aproxima, une. É, o escondido é bem melhor, assim como o perigoso é divertido. A perfeição existe, as metades existem, e assim sendo, tudo pode acontecer, não é destino?
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